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Influência do meio ambiente na saúde mental

Vista da cidade

Nossa cultura, nosso estilo de vida, os modelos e antimodelos com os quais convivemos, nossos hábitos de vida, as condições do ambiente que nos rodeia, os grupos sociais com os quais nos relacionamos, fazem parte e constroem nosso meio ambiente e afetam profundamente nossa saúde física e mental.

Condições do meio ambiente como a poluição, a segurança social, as condições de locomoção e moradia, a oferta de empregos e alimentos, assim como a oferta de serviços de saúde, entre outras, também são importantes.

Sabemos que as pessoas que vivem em grandes centros e estão submetidas a altos níveis de estresse têm maior risco tanto para doenças psíquicas como físicas, como hipertensão arterial e ansiedade. Além disso, constituem parte importante do meio ambiente os grupos sociais com os quais convivemos. Estes grupos que inicialmente são a família e a escola e depois se estendem para diferentes círculos de amigos, de colegas de trabalho, influenciam fortemente nossas escolhas.

É no ambiente social que aprendemos através dos modelos e dos antimodelos o que é bom e o que é ruim, o que é aceito e o que não é, o que nos torna valorizados e o que nos tira o valor.

Os modelos com os quais convivemos são construídos a partir da cultura de um grupo. E a cultura de um grupo é determinada pelas crenças e hábitos transmitidos de geração a geração. Por exemplo, em famílias religiosas cujos membros desaprovam o hábito de ingerir bebidas alcoólicas e, portanto, não têm este hábito, o risco para o alcoolismo em seus indivíduos é menor e, caso uma destas pessoas tenha a predisposição genética para desenvolver dependência ao álcool, conviver neste ambiente será um fator protetor que pode evitar o desenvolvimento do problema. Além disso, este meio ambiente é mais favorável para a recuperação daquela pessoa. Da mesma forma, o contrário também é verdadeiro. Em grupos sociais que valorizam pessoas que frequentemente se embriagam, o risco de desenvolvimento de dependência de álcool é maior.

Hábitos alimentares, formas de lidar com conflitos emocionais e valores sociais são transmitidos através dos grupos de convívio social. Desta maneira, em grupos e culturas que supervalorizam a aparência, a taxa de transtornos alimentares é maior. Isto vale para diversas condições.

Grupos que dão mais suporte emocional aos seus indivíduos, compartilhando atividades que aumentam a parceria, a afetividade e a amizade, aumentam a resiliência de seus indivíduos. Sabemos, por exemplo, do efeito benéfico de animais de estimação na recuperação de pessoas com quadros de transtornos de humor.

O suporte familiar na recuperação de pessoas com doenças psiquiátricas, em muitos casos é fundamental. Da mesma forma é importante o suporte social, seja de amigos, seja no trabalho. A falta desse suporte aliada ao estresse relacionado ao trabalho e à pressão exercida pelos superiores muitas vezes agravam os quadros psiquiátricos. Algumas vezes o afastamento do trabalho é parte do processo terapêutico.

Atualmente existem campanhas evidenciando a importância do suporte social para a saúde mental, como o “setembro amarelo”.

Este artigo tem como objetivo favorecer a reflexão a respeito de como o ambiente em que você vive o afeta positiva ou negativamente. Busca também trazer a reflexão de como você interfere no ambiente em que você vive tornando-o melhor ou pior para aqueles que nele vivem.

Pequenas ações como sorrir para as pessoas podem modificar o seu dia e o dia daqueles com quem você convive.

Fazer parcerias, cuidar do ambiente de casa e do trabalho são pequenas ações que podem tornar o mundo melhor e favorecer a sua saúde. Sabe-se, por exemplo, que pessoas felizes têm melhor imunidade. Escolher os grupos com os quais convive contribui para a saúde do indivíduo e do grupo.

Com isso, gostaríamos de despertar em você o desejo de investir em hábitos e ações que contribuam para melhorar seu ambiente, sua saúde e a da comunidade onde vive.

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