Estilo de vida
Segundo a Organização Mundial da Saúde, estilo de vida é o conjunto de hábitos e costumes que são influenciados, modificados, encorajados ou inibidos ao longo do processo de socialização. Esses hábitos e costumes incluem o uso de substâncias, como o álcool, tabaco, chá ou café, hábitos dietéticos e de atividade física. Qualidade de vida, por sua vez, é produto do intercâmbio entre condições de saúde, econômicas e ambientais que afetam o desenvolvimento humano e social. É um conceito amplo que incorpora a saúde física de uma pessoa, seu estado emocional, seu nível de independência, suas relações sociais, entre outros.
Atividade física e saúde mental
Muito provavelmente você já deve ter lido e escutado várias vezes sobre os benefícios que a prática regular de atividade física é capaz de proporcionar: ganho de massa muscular (hipertrofia), auxílio no emagrecimento e perda de gordura, melhora da postura e do funcionamento do sistema cardiorrespiratório, entre outros.
A atividade física é indicada para todos, em especial:
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Para as crianças e adolescentes, que estão cada vez mais sedentários e apresentando um aumento dos índices de obesidade;
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Para os idosos, que necessitam de melhora da cognição, da conectividade cerebral e da performance;
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Para as mulheres no climatério, em função da perda de massa muscular acentuada pela queda nos níveis de estrógeno.
Além disto, evidenciamos os benefícios que o exercício físico e um programa de atividade física regular são capazes de proporcionar em uma outra área, tão importante quanto a física, que é a saúde mental.
Em uma sociedade marcada cada vez mais pelo nível excessivo de tensão/pressão, estresse, principalmente nesse momento da pandemia de Covid-19, com aumento na incidência de transtornos como depressão, ansiedade, síndrome do pânico e déficits atencionais, cada vez mais a atividade física se consolida como uma forte aliada no combate a esses malefícios do mundo atual.
O primeiro ponto importante é que a prática da atividade física aumenta a liberação de diversos neurotransmissores: norepinefrina, serotonina e beta endorfinas provocando sensações de bem-estar, relaxamento, conforto, recompensa e disposição.
O segundo ponto diz respeito ao cortisol. Conhecido como hormônio do estresse, o exercício físico tem a capacidade de reduzir os níveis de cortisol no nosso organismo. O estresse crônico pode provocar níveis elevados de cortisol no sangue, o que leva a um aumento do apetite e consequente aumento de peso. Pode deprimir o sistema imune, e está relacionado a doenças como depressão, ansiedade, a sintomas de insônia e fadiga, a doenças cardiovasculares e a ganho de peso.
O terceiro e último ponto, mas não menos importante, está diretamente relacionado ao convívio social. Em um mundo cada vez mais individualista e muitas vezes virtual, a atividade física ainda é capaz de proporcionar ao seu praticante um novo ambiente de socialização em que há oportunidade de conhecer novas pessoas, de interagir e de vivenciar novas experiências.